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Alvorada Brasília: procedimento inovador no enfrentamento da sepse

Hospital realiza de maneira pioneira no Brasil terapia de hemoperfusão, indicada para casos de lesões renais graves, inclusive pacientes com COVID.

O Alvorada Brasília saiu na frente e tornou-se o primeiro hospital do Brasil a aplicar a hemoperfusão para filtragem de citocinas no tratamento de pacientes em estado grave. Baseada nos princípios da hemodiálise, a técnica consegue controlar um fenômeno comum entre os pacientes internados e intubados em UTIs: a tempestade de citocinas, resposta inflamatória exacerbada do corpo que, muitas vezes, pode levar a óbito.

A hemoperfusão é especialmente indicada para o tratamento de pessoas com lesões renais e foi incluída no guideline publicado em novembro na revista Nature* que reúne as diretrizes médicas para o tratamento de pacientes com doenças renais e com COVID-19. Médico do Alvorada Brasília, o Dr. Thiago Reis é o coautor responsável pela descrição do tratamento. Ele assina o artigo junto com autores de 16 nacionalidades.

A tecnologia já é rotina desde 2015 em vários centros da Europa, sendo aplicada para controlar a resposta inflamatória em pacientes com infecções causadas por vários tipos de patógenos. “Diante de quadros infecciosos, o corpo estimula a produção de citocinas, moléculas que atuam nos processos inflamatórios. Quando exageradas, elas causam danos em órgãos como pulmão, fígado e nos próprios rins”, explica o Dr. Thiago.

Em razão de sua eficácia nos quadros de sepse, o tratamento está sendo estendido para os pacientes com Covid-19 que precisam de hemodiálise devido às lesões renais. Segundo estudos científicos preliminares, a taxa de mortalidade de pacientes dialíticos com COVID-19 é de 50% a 60%. Com a terapia, esse número cai para 30%. Atualmente, a técnica já está sendo usada na Europa e Ásia.

Para realizar a hemoperfusão, um cartucho especial é acoplado na máquina de hemodiálise. Enquanto o equipamento promove a filtração convencional do sangue, o cartucho extrai as moléculas de citocinas em excesso, controlando os níveis inflamatórios do paciente.

O futuro da técnica é promissor, com aplicações que continuam sendo estudadas para comprovação científica de sua eficácia. Em países como a Itália, a hemoperfusão já é adotada em pacientes que não necessitam de hemodiálise.

No Alvorada Brasília, a primeira aplicação da terapia foi em um paciente intubado sem COVID-19. “Era um caso grave de infecção abdominal provocada por apendicite em estado superavançado. O paciente teve uma melhora muito expressiva. Depois de quatro dias, já estava extubado e sem necessidade de diálise”, conta o Dr. Thiago.

* NADIM, Mitra K. et al. COVID-19-associated acute kidney injury: consensus report of the 25th Acute Disease Quality Initiative (ADQI) Workgroup. Nature reviews nephrology, p. 1-18, 2020.

 

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