Câncer de colo de útero

Câncer de colo de útero: como lidar com essa ameaça?

26 de março é o dia mundial dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce desse tipo de tumor. Isso exige cuidados o ano todo.

Além do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, este mês reserva outra data dedicada a elas, desta vez no campo da saúde: 26 de março, Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo de Útero. Com exceção do câncer de pele não melanoma, esse é o terceiro tipo de tumor maligno mais frequente na população feminina (os dois primeiros são os tumores de mama e colorretal) e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2020 apontavam 16.590 novos casos no país e aproximadamente 6.500 mortes. Apesar dos altos índices de letalidade, é uma enfermidade que pode ser prevenida e que apresenta altos índices de cura quando diagnosticada precocemente por meio do Papanicolau, um exame bastante simples.

Oncologista clínico e coordenador da equipe de oncologia ginecológica do Americas Oncologia, o Dr. Paulo Mora aborda, a seguir, os principais tópicos relacionados ao câncer de colo do útero, incluindo estratégias para preveni-lo ou para enfrentá-lo caso ele aconteça. Confira.

O que é câncer de colo do útero?

É uma doença que acomete as mulheres geralmente na quarta ou quinta década de vida, atingindo a região final do útero. Mais de 95% desses tumores são causados por infecções de alguns tipos do Papilomavírus Humano, o HPV, que são transmitidos principalmente por via sexual. Essas infecções são bastante frequentes, mas na maioria das vezes não levam ao câncer. Todavia, em algumas mulheres provocam alterações celulares que podem evoluir para um tumor maligno. Nas fases iniciais, essas lesões são quase sempre curáveis. Daí a importância do diagnóstico precoce.

Como é feito o diagnóstico?

Por meio do exame de Papanicolau. Para isso, o ginecologista introduz na vagina da paciente um instrumento chamado espéculo (conhecido popularmente como bico de pato). Além de uma inspeção visual da vagina e do colo do útero, o médico coleta tecidos das paredes internas e externas e encaminha a amostra para análise anatomopatológica, que indicará se há células malignas ou não. Esse exame deve ser feito regularmente por todas as mulheres que têm ou já tiveram vida sexual.

Quais são os sintomas da doença?

Nas fases iniciais, o câncer de colo do útero é uma doença silenciosa. Sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor surgem apenas nos estágios mais avançados.

Como é o tratamento?

O tratamento ideal do câncer de colo de útero é cirúrgico. Quando menor a lesão a ser extraída, maior é a eficiência da cirurgia e maiores são as chances de que só uma intervenção cirúrgica baste para a cura.

Lesões maiores e mais complexas podem ser curadas com radioterapia combinada ou não com quimioterapia. Existem, ainda, recursos mais modernos, como a imunoterapia, com a administração de medicamentos imunobiológicos que estimulam o próprio sistema imunológico da paciente a combater o tumor.

Qual a melhor forma de prevenir?

É recomendável que todas as mulheres que já iniciaram sua vida sexual ou que têm mais de 23 anos mantenham uma rotina de acompanhamento regular com o ginecologista. Nessas consultas, além de outros exames direcionados à saúde da mulher, o médico coletará a amostra para a realização do Papanicolau, permitindo que lesões precursoras de tumores malignos sejam identificadas e tratadas precocemente. O exame também identifica tumores já instalados. A periodicidade de realização do Papanicolau é sempre individualizada, definida pelo médico em função das alterações encontradas ou não nas últimas investigações. Assim, a regra de ouro é: consulte sempre seu ginecologista, mesmo que você não esteja sentindo nada.

Atualmente, também existem exames genéticos que permitem analisar se os tipos específicos de vírus HPV que estão no organismo de uma paciente têm potencial para gerar um câncer, o que contribui para orientar a estratégia de acompanhamento da paciente.

Nas relações sexuais, o uso de preservativos ajuda a prevenir a infecção pelo HPV. Mas a infecção por esse vírus não ocorre exclusivamente pela via sexual. Existem muitos relatos de mulheres que nunca tiveram contato sexual e desenvolveram câncer de colo uterino relacionado ao HPV, sugerindo outras formas de contaminação, como contato com roupas íntimas, acessórios e uso de banheiro público.  

Outra recomendação importante é a vacinação contra o HPV para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade em pelo menos duas doses. A vacina é oferecida tanto pelo SUS como por serviços particulares.

Americas Oncologia: centros especializados

As unidades do Americas Oncologia contam com as mais avançadas tecnologias e equipes médicas e multiprofissionais especializadas no diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero.

Oferecendo todas as linhas de cuidado já consagradas – cirurgia, quimioterapia e radioterapia –, o Americas Oncologia se destaca em várias frentes inovadoras, entre elas:

  • Imunoterapia
  • Radioterapia de intensidade modulada, que permite administrar altas doses de radiação com segurança e precisão
  • Braquiterapia, na qual um material radioativo é inserido bem próximo do tumor para destruí-lo

Os serviços do Americas Oncologia estão disponíveis nas clínicas e nos hospitais de alta complexidade da rede Americas em várias regiões do Brasil. Seja qual for o local de atendimento, as pacientes são assistidas a partir de uma mesma linha de cuidado. Casos mais graves são discutidos semanalmente nos Tumor Boards, reuniões que congregam uma equipe multidisciplinar formada por oncologistas clínicos, cirurgiões especializados em pelve, radiologistas, patologistas e imunoterapeutas.

Para saber mais sobre o Americas Oncologia, serviços, unidades e como agendar consulta, acesse americasoncologia.com.br.     

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