Imagem com duas mulheres representando uma médica e paciente. Uma das mulheres está vestida com jaleco e a outra mulher está sentada à sua frente.

Conheça a causa mais comum do sangramento pós-menopausa

18/11/2019 - 3 minutos de leitura

As questões hormonais em mulheres estão presentes durante toda a vida, seja por conta da menstruação, gestação ou menopausa. Essa última tem início entre os 45 e 55 anos de idade - e pode apresentar alguns desconfortos, já que é o período em que os ovários produzem menor quantidade de hormônios (até chegar à falência hormonal).

Segundo o Dr. Ricardo Chazan Breitbarg, oncologista ginecológico do Grupo Americas,

nesse período podem haver incômodos como insônia, irritabilidade, pele seca, secura vaginal e ondas de calor - sintomas mais frequentes na menopausa. Por outro lado, as mulheres que apresentam sangramentos vaginais, dores pélvicas e perda de peso devem procurar auxílio médico.
 

As causas do sangramento na menopausa

O sangramento vaginal no período da menopausa pode indicar questões mais sérias, incluindo a neoplasia (ou câncer) do endométrio - o especialista aponta que esse sintoma se manifesta em 90% das pacientes diagnosticadas. É importante saber que o sangramento também pode decorrer de questões como atrofia endometrial (em pacientes com idade mais avançada) e em situações como as chamadas hiperplasias endometriais. Por isso, um diagnóstico rápido e preciso faz toda a diferença.
 

Diagnóstico e tratamento do câncer de endométrio

O principal exame para investigação da neoplasia de endométrio é o ultrassom endovaginal. Com ele, é possível verificar se há espessamento endometrial e qual é a sua extensão. Em seguida, são solicitadas as histeroscopias diagnóstica e cirúrgica para visualização direta da lesão (e uma biópsia dirigida para a confirmação do diagnóstico). Exames como ressonância magnética e tomografia abdominal e pélvica também podem ser solicitados.

O tratamento inicial para o câncer de endométrio depende muito de como a doença se apresenta. O indicado é ter uma conversa com o oncologista ginecológico, que é o responsável por analisar cada caso individualmente. Na maioria dos casos, a cirurgia é o tratamento inicial e consiste na remoção completa do útero, das tubas uterinas, ovários e linfonodos pélvicos e peri-aórticos. Em alguns casos também é indicada a radio, quimio ou hormonioterapia como complemento, dependendo do estágio da doença.
 

Fatores de risco

A principal causa do câncer de endométrio é a obesidade - por conta da conversão periférica de estrógenos nesse tecido. Esse mesmo problema também pode ser desencadeado pela reposição hormonal inadequada somente com estrogênios (em pacientes que mantém o útero).

Condições como diabetes e hipertensão também são consideradas fatores de risco. Além disso, pacientes com histórico familiar de câncer colorretal hereditário não poliposo e Síndrome de Lynch têm de 40% a 60% de chance de desenvolver a neoplasia de endométrio em algum momento da vida.

Fonte: Dr. Ricardo Chazan Breitbarg

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