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Mamães: atenção com sua saúde!

Neste mês em que celebramos o Dia das Mães, vale lembrar a importância de mamãe e mulheres em geral cuidarem da sua saúde. Além de manter hábitos saudáveis, acompanhamento médico regular nas várias fases da vida faz toda a diferença. Confira as dicas do nosso especialista.

Filhos, companheiro, familiares, casa, trabalho... A rotina das mães costuma ser bastante atribulada e, muitas vezes, elas acabam descuidando de sua saúde física e mental e sacrificando sua qualidade de vida. Não deveriam, porque estar saudável é importante para continuar fazendo tudo o que fazem e curtir a vida.

Mães e mulheres em geral devem lembrar que o corpo feminino tem diferentes fases ao longo da vida. “Desde a primeira menstruação, na gravidez e até o pós-menopausa há alterações hormonais que interferem na saúde e devem ser acompanhadas pelo ginecologista”, afirma o Dr. Anderson Pinheiro, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade Madre Theodora, unidade do Americas Serviços Médicos localizada em Campinas (SP). “Além da avaliação ginecológica, o ginecologista costuma atuar como um clínico geral da mulher, pedindo exames gerais e encaminhando para outros especialistas quando necessário”, observa ele.  

Além do acompanhamento médico, é fundamental manter um estilo de vida saudável, com prática de atividades físicas regularmente e dieta balanceada. “Controlar o peso ajuda a evitar uma série de doenças. Não é saudável engordar ou emagrecer muito”, alerta o Dr. Anderson. Não menos importante é cuidar da saúde mental, não se sobrecarregando de atividades e preocupações, reservando tempo para o lazer e atividades prazerosas e buscando ajuda especializada em casos de mudanças bruscas de humor, excesso de irritação ou tristeza que se prolongam por mais tempo.

Que cuidados são importantes em cada fase da vida? Confira as recomendações do Dr. Anderson.

Gravidez

É fundamental fazer o acompanhamento pré-natal, com consultas mensais para avaliação da saúde da mamãe e do bebê. Nestes tempos de pandemia, os cuidados precisam ser redobrados, pois a COVID-19 oferece mais riscos para as gestantes e os bebês em gestação (leia “COVID-19: gestantes correm mais riscos?” – link para a matéria a respeito do assunto).

Pós-parto

Passados 40 dias do parto, é importante passar por consulta com o obstetra ou ginecologista para avaliar a evolução das alterações fisiológicas da gravidez. As alternâncias hormonais dessa fase podem desencadear a depressão pós-parto, que deve ser tratada com suporte psiquiátrico se necessário.

Depois dessa fase, devem ser retomadas as consultas ginecológicas de rotina, geralmente uma vez por ano quando não há alteração nos exames ou sintomas físicos.

Puberdade

As consultas ginecológicas devem começar na puberdade e seguir anualmente. O médico terá papel importante na orientação sobre a vida sexual, métodos contraceptivos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Cólicas em excesso, irregularidade no ciclo menstrual, dores e outras alterações devem sempre ser investigadas assim que surgirem.

Entre 25 e 40 anos

Além da consulta ginecológica, a recomendação é iniciar, a partir dos 25 anos, a realização do exame de Papanicolau para o rastreamento de câncer de colo de útero. A frequência deve ser anual ou a cada três anos, se resultado for normal nos últimos três exames (exceto se for observada alguma alteração nesse período). O Papanicolau costuma ser feito até os 65 anos.    

Na consulta anual, o ginecologista avalia se há alterações no ciclo menstrual para solicitar exames hormonais de função suprarrenal e tireoide, entre outros. Ele também pode solicitar a realização de exames de ultrassom para uma avaliação geral do sistema reprodutivo. Além disso, avalia o melhor método contraceptivo, quando não há desejo de engravidar, possíveis alterações da vida sexual e outros sintomas que sinalizem algum problema.

A partir dos 40 anos

Junto com os exames e cuidados iniciados aos 25 anos, as mulheres passam a fazer mamografia anualmente para rastreamento do câncer de mama. Se há histórico desse tipo de câncer na família (mais de um parente de próximo, como irmã, mãe ou tia que teve a doença), deve-se iniciar a mamografia 10 anos antes de quando o familiar mais novo teve o câncer.

Nessa faixa etária, o ginecologista também pode pedir a realização de exames para monitorar colesterol, pressão arterial, glicemia, diabetes, função hepática e pancreática, tireoide, etc.

Menopausa

A idade da menopausa pode variar, dependendo de uma série de fatores, como história familiar e pessoal, tempo de amamentação e uso de bloqueador da ovulação, entre outros. Geralmente, ocorre entre 49 e 55 anos, mas há casos de menopausa aos 40 anos ou até depois dos 55 anos.

Se não houver contraindicação, o médico avaliará a necessidade de iniciar a terapia hormonal para tratar efeitos como falta de libido, secura vaginal, calores e depressão (que pode ser gerada pela alteração hormonal).

Após o fim do ciclo menstrual, deve-se manter a realização da mamografia e do Papanicolau e a avaliação de colesterol, glicemia, hipertensão, etc., com atenção especial para as doenças cardiovasculares (o risco para problemas cardiovasculares aumenta após a menopausa). 

A partir dos 65 anos

Mais um exame é incorporado ao check-up anual: a densitometria óssea, para controle da osteoporose. O início de realização desse exame deve ser antecipado no caso de mulheres com história familiar da doença ou fatores de risco, como menopausa precoce (antes dos 40 anos) ou ter tomado corticoides por longo período.

A partir dos 65 anos, também é importante procurar um geriatra para uma avaliação clínica completa e orientações para um envelhecimento saudável. Mas, na grande parte das vezes, o ginecologista continua sendo o centralizador do cuidado da mulher, promovendo todo o controle de doenças com exames regulares.

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