Máscaras ao volante: usar ou não usar?

Especialistas recomendam a utilização, mesmo que o motorista esteja sozinho dentro do carro.

Em razão da pandemia do novo coronavírus, muitas cidades tornaram obrigatório o uso de máscaras em transportes coletivos, táxis e veículos de aplicativo, mas não nos carros particulares. Será que neles isso também é importante? A resposta dos especialistas é sim.

Apesar da sensação de estarmos seguros dentro do nosso carro, quando dirigimos acabamos nos aproximando de pessoas que estão em outros veículos ou na rua ao pararmos em semáforos, congestionamentos ou darmos passagem aos pedestres. Ou seja, ficamos expostos ao risco de contaminação. A máscara é uma proteção.

Isso vale também para os acompanhantes. “Se houver passageiro no carro, principalmente se não é alguém que more com você, o ideal é manter as janelas abertas e todos usarem máscara”, afirma a Dra. Renata Beranger, infectologista do Hospital Samaritano Botafogo (RJ). A medida evita, inclusive, que gotículas expelidas pela boca ou nariz que possam conter o vírus se instalem no volante e outras superfícies do veículo, tornando-se fonte da contaminação para você ou para quem for usar o carro da próxima vez.

Mas a Dra. Renata alerta: não é apenas o uso de máscaras que previne as infecções dentro do carro. “Temos de focar na higienização das mãos e sempre evitar tocar o rosto”, destaca ela, lembrando que as soluções alcoólicas são uma boa opção para higienizar as mãos dentro do veículo. As partes internas do carro também devem ser higienizadas rotineiramente.

Confira as dicas da nossa especialista:

• Higienize as mãos e coloque a máscara antes de sair de casa.
• Evite tirar a máscara ao sair do carro e recolocá-la ao entrar novamente. Se isso for preciso, toque na máscara só depois de higienizar as mãos.
• Troque de máscara periodicamente, principalmente quando ela estiver úmida.
• Ao tirar a máscara, guarde-a em local livre de contaminação.
• Higienize regularmente o interior do veículo, principalmente as partes que você toca com mais frequência.

Fonte: Dra. Renata Beranger.