Tabagismo

Não é fácil parar de fumar. Mas é possível.

Causador de inúmeras doenças e de milhões de mortes a cada ano no mundo, o tabagismo é uma doença e deve ser tratado como tal.No Brasil, homens são maioria entre os fumantes.

Nas últimas décadas, tem diminuído de maneira expressiva o número de fumantes no Brasil. Ainda assim, segundo dados do Ministério da Saúde* relativos a 2019, 9,8% das pessoas com mais de 18 anos fumavam. Quando considerados apenas os homens, o índice sobe para 12,3% (contra 7,7% das mulheres).

Aqui, como em qualquer outro lugar do planeta, o tabagismo é uma grave ameaça à saúde:

  • 6 milhões de pessoas morrem no mundo anualmente por conta do cigarro.
  • 85% dos casos de câncer de pulmão estão associados ao tabagismo, também relacionado a outros tipos de tumores, como os de boca, laringe, faringe, esôfago,pâncreas, rins bexiga, colo de útero, estômago e fígado.
  • 85% das doenças pulmonares crônicas (enfisema e bronquite) são originadas pelo fumo.
  • 25% das mortes por doenças coronarianas (angina e infarto) e cerebrovasculares (AVC/Acidente Vascular Cerebral) decorrem do vício em tabaco.

Os números são impressionantes, e a imensa maioria dos fumantes conhece as consequências nocivas do cigarro. Alguns decidem correr o risco em troca do prazer das tragadas. Mas são muitos os que tentam abandonar o hábito e não conseguem. Por quê?

“O problema é a falta de acompanhamento adequado nas tentativas. Fumar é um vício, uma doença que precisa ser tratada como outras, com medicamentos e suporte médico”, afirma o Dr. Luiz Henrique Araújo, oncologista do Americas Oncologia e do Instituto COI de Educação e Pesquisa.  “A retirada drástica da nicotina do organismo causa muito mal-estar, facilitando a chance de uma recaída”, explica.

Segundo ele, o segredo do sucesso para parar de fumar está em aderir a um programa que envolva tratamento fisiológico e psicológico, mudança de estilo de vida e, claro, força de vontade. 

Confira as dicas do nosso especialista:

  • Não menospreze o cigarro. Tenha em mente que não existe quantidade segura de consumo. Fumar um cigarro ao dia ou só nos finais de semana não resolve.
  • Procure um especialista (pneumologista) para conduzir seu programa de abandono do cigarro.
  • O ideal é que o tratamento comece antes de abandonar o cigarro, assim seu organismo já estará preparado para lidar com a falta de nicotina. O tratamento pode incluir medicamentos, adesivos e gomas de mascar que ajudam a lidar com a falta da nicotina.
  • Além da dependência fisiológica, o tabagismo envolve aspectos psicológicos, geralmente ligados à ansiedade e outras questões emocionais. Por isso é importante que o processo tenha também um acompanhamento psicológico.
  • Crie estratégias: marque uma data para parar. Pense em como lidar com a vontade de fumar e em alternativas para substituir a sensação de prazer do cigarro por algo que não seja nocivo.
  • Evite as situações que funcionam como um gatilho para acender um cigarro. Mude hábitos que o induziam a fumar. Em vez do cafezinho, passe a tomar um suco, por exemplo. 
  • Adote uma vida saudável, com alimentação equilibrada e – muito importante – prática regular de atividade física. Os exercícios são um fundamental aliado para ampliar a chance de sucesso.
  • É comum não conseguir parar definitivamente na primeira tentativa. Por isso é fundamental que o acompanhamento médico e psicológico seja mantido mesmo após a interrupção do hábito, ainda que com frequência mais espaçada.
  • Não desista. Tente até ter sucesso!

*Dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crónicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) – 2019

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