exames

Nas consultas de Cardiologia, Ginecologia e Obstetrícia, os médicos costumam pedir que você faça exames.

Sabe por quê?

Porque exames de imagem e laboratoriais são fundamentais para fazer o diagnóstico preciso. Eles ajudam a prevenir e identificar doenças e a definir o melhor tratamento quando elas acontecem. Nossos especialistas explicam quais são os exames mais solicitados e para que servem.

Exames diagnósticos são fundamentais para balizar o trabalho dos médicos de todas as especialidades, e Cardiologia, Ginecologia e Obstetrícia não fogem à regra. Esses recursos são grandes aliados dos cuidados de saúde, pois permitem identificar disfunções e enfermidades (até quando elas não apresentam sintomas) e ajudam a prevenir e controlar doenças.

Tudo começa com uma boa consulta médica, com levantamento da história clínica do paciente, queixas e sintomas e com o exame físico. “Em Cardiologia, por exemplo, a simples aferição da pressão arterial durante a consulta já nos permite identificar hipertensão (pressão alta), uma doença bastante prevalente em nossa especialidade e que é fator de risco para várias outras doenças. Mas é o conjunto de informações levantadas durante a consulta e o exame físico que nos ajuda a construir um raciocínio diagnóstico e solicitar os exames laboratoriais e de imagem que nos ajudarão a validar ou refutar as hipóteses diagnósticas”, afirma o Dr. Alexandre Siciliano, cirurgião cardíaco e diretor-médico do Hospital Pró-Cardíaco (RJ).

Assim como na Cardiologia, consulta e exames complementares são importantíssimos para os ginecologistas, que muitas vezes são os únicos médicos aos quais as mulheres vão com regularidade. “Por isso, muitas vezes, somos responsáveis pelo diagnóstico de doenças que não são específicas da Ginecologia e Obstetrícia e pelo posterior encaminhamento para os especialistas adequados”, observa o Dr. Edilberto Rocha, coordenador da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santa Joana Recife (PE).

Na rotina das duas especialidades, é comum a solicitação exames específicos para detecção de certos tipos de doenças e alguns mais gerais, para verificação e controle de fatores de risco. Evidentemente, a qualidade e precisão dos exames fazem toda a diferença. Por isso, é importante buscar serviços de medicina diagnóstica que contem com modernos equipamentos e tecnologias avançadas e com equipes qualificadas para realizar os exames e elaborar os laudos. Ao voltar ao médico com os resultados dos exames solicitados, você estará somando positivos pontos no cuidado da sua saúde.

Você sabe quais são os principais exames solicitados na Cardiologia e na Ginecologia/Obstetrícia e para que servem? Confira a seguir as informações que levantamos com os Drs. Alexandre e Edilberto.

Ginecologia e Obstetrícia

Papanicolau: exame simples e rápido que colhe células do colo do útero para análise em laboratório. É um recurso fundamental para rastreamento e diagnóstico precoce de câncer de colo de útero. Mulheres na fase reprodutiva devem fazê-lo anualmente ou a cada dois anos, se os exames anteriores não apontaram alterações. Quando elas são identificadas, o Papanicolau deve ser realizado com maior frequência.

Mamografia: é um tipo de raio X das mamas, especialmente útil para o rastreamento de tumores nessa região. Em geral, a indicação é realizar a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade, ou mais cedo, em caso de queixas específicas ou fatores de risco, como histórico familiar. Se houver uma sequência de exames normais, o médico poderá indicar a realização a cada dois anos.

Ultrassom pélvico e de mama: são exames que permitem investigar alterações ou lesões nos tecidos das mamas e da pelve, abrangendo a bexiga, útero e ovários. O ultrassom pélvico é especialmente útil na detecção de miomas, problemas no endométrio e doenças nos ovários; o ultrassom de mama, para detecção de nódulos e cistos mamários. Ambos devem ser feitos anualmente. E atenção: o ultrassom de mama não substitui a mamografia.

Densitometria óssea: simples, rápido e indolor, esse exame permite identificar e medir a perda de massa óssea. Permite diagnosticar problemas como a osteoporose, doença caracterizada pela perda progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas, ou a osteopenia, condição que pode indicar predisposição à osteoporose. A recomendação é que o exame seja realizado a cada dois anos pelas mulheres a partir do climatério (ou seja, desde a transição da fase reprodutiva para a menopausa).

Exames laboratoriais: há uma série de exames de sangue que podem ser úteis para o controle da saúde da mulher, entre eles o hemograma (ao avaliar glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, consegue detectar anemias e infecções, por exemplo), a dosagem hormonal (avalia alterações hormonais) e glicemia (para verificar diabetes ou pré-diabetes). A depender dos achados, o médico indicará a repetição dos exames anualmente ou a cada dois anos.

Exames obstétricos: a ultrassonografia está entre exames mais comuns usados no acompanhamento pré-natal. Rápido e seguro, esse exame permite saber a idade gestacional, avaliar a posição fetal, a placenta, o cordão umbilical e o líquido amniótico, e acompanhar o crescimento e bem-estar do feto. Também são solicitados exames seriados da gestante, como hemograma, bioquímico (verificação da saúde renal), hepático (verificação da saúde do fígado) e sorológico (investigação de infecções de sífilis, HIV e hepatites, por exemplo).

Cardiologia

Na Cardiologia, depois da consulta e exame físico do paciente, os exames complementares são definidos a partir de uma estratificação de risco de infarto e outras doenças cardiovasculares, levando em conta a presença de fatores como pressão alta ou dislipidemia (elevação dos níveis de colesterol LDL, o “colesterol ruim”, e triglicérides ou redução do HDL, o “colesterol bom”). Graus maiores de risco vão levar à indicação de exames mais complexos e sofisticados. A recomendação é que pessoas sem sintomas e doenças cardiológicas façam uma avaliação anual com um clínico geral ou médico de família. Já pacientes que têm fatores de risco, como pressão alta e colesterol elevado, devem ser acompanhados por cardiologistas, a fim de monitorar e assegurar que sejam controlados adequadamente. A frequência da consulta dependerá da eficácia desse controle e do grau de danos cardiológicos identificados. Pessoas com condições controladas devem consultar seu cardiologista de uma a duas vezes por ano.  Os exames mais comuns solicitados pelos cardiologistas são:

Eletrocardiograma (ECG): a partir de eletrodos colocados no corpo do paciente, esse exame avalia a atividade elétrica do coração, permitindo identificar anomalias associadas a arritmias, alterações na morfologia do coração e outros problemas cardíacos.

Teste ergométrico: também chamado de eletrocardiograma de esforço, esse exame utiliza eletrodos colocados no corpo do paciente para registrar a atividade elétrica do coração enquanto ele realiza esforços físicos, seja caminhando ou correndo em uma esteira ou pedalando em uma bicicleta ergométrica.

Holter: esse exame utiliza um aparelho do tamanho de um celular, que é acoplado à cintura do paciente. Ele permanecerá 24 horas registrando informações sobre a atividade elétrica do coração, enviadas por eletrodos fixados no corpo da pessoa. O Holter é empregado no diagnóstico de angina, pericardite, infarto e isquemia, entre outras enfermidades. 

MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial em 24 horas): por meio de um dispositivo acoplado ao corpo do paciente, faz a medição periódica da pressão, fornecendo gráficos que registram intercorrências ao longo da rotina do paciente – desde o sono até nas atividades cotidianas. O exame serve para compreender como a pressão (alta ou baixa) se comporta ao longo do período de 24 horas, ajudando o médico a definir a melhor abordagem, seja com administração de medicamentos ou apenas com mudanças na dieta e prescrição de exercícios.

Ecocardiograma: é o ultrassom do coração. As imagens geradas permitem verificar tamanho, forma e movimentos do coração, além da força e velocidade com que ele bombeia o sangue. O exame é usado para investigar palpitações, desmaios, falta de dar e dores no peito. Também é útil no acompanhamento de cardiopatias congênitas, insuficiência cardíaca e outras doenças do músculo e das válvulas cardíacas. O ecocardiograma pode ser associado com Doppler, tecnologia que permite gerar imagens tridimensionais e coloridas.

Cintilografia do miocárdio: utilizando a injeção de um contraste com marcadores radiológicos na corrente sanguínea, esse exame de imagem permite avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias e sua distribuição ao músculo cardíaco em situação de repouso e estresse (o estresse pode provocado por uma sessão de caminhada em esteira ou via farmacológica). É usado para investigar infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e doenças valvares (das válvulas do coração).

Cateterismo: também conhecido como angiografia coronária, é um procedimento usado tanto para diagnóstico como para tratamento no caso do infarto e da angina. A partir de uma punção no braço ou na perna do paciente, um cateter fino e flexível é introduzido no vaso sanguíneo e conduzido até o coração. Também pode ser usado para remover essas obstruções, recuperar as áreas afetadas e implantar stents. Complexo e delicado, o cateterismo precisa ser feito em centros de hemodinâmica capacitados.

Ressonância magnética e tomografia computadorizada do coração: esses dois tipos de exames de imagens possibilitam a visualização das estruturas anatômicas do coração. A ressonância produz as imagens sem usar radiação ionizante e é empregada em casos de cardiopatias congênitas, pericardites, doenças da artéria aorta, tumores e também para a avaliação funcional do coração. A tomografia, usando baixa dose de radiação, é usada para identificar doenças coronárias e também para detectar aterosclerose nos vasos, mesmo quando ainda não existem sintomas.

Angiotomografia: baseado na tecnologia de tomografia computadorizada, esse exame permite a avaliação dos vasos sanguíneos que alimentam o músculo cardíaco (as artérias coronarianas). É especialmente útil para verificar a existência e o tipo de placas de gordura presentes nesses vasos, condição associada à angina e ao aumento de risco para o infarto do miocárdio.

Exames laboratoriais: exames de sangue podem ser utilizados para identificar doenças e fatores de risco cardiológicos. Dosagem da glicemia de jejum ou exame da hemoglobina glicosilada, por exemplo, são usados para investigar o diabetes, doença com forte impacto nas condições cardiológicas dos pacientes. É muito comum a solicitação de exames de colesterol total e frações para identificar ou controlar a dislipidemia (condição marcada pela elevação dos níveis de triglicérides e de colesterol LDL, o chamado “colesterol ruim”, no sangue ou a diminuição dos níveis de HDL, o “colesterol bom”). A dislipidemia aumenta as chances do entupimento das artérias, favorecendo a ocorrência de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e outros problemas circulatórios.

Exames genéticos: existem painéis genéticos que permitem identificar pacientes que possuem perfil somático que os predispõe a fatores de risco cardiológicos, como a dislipidemia familiar. Enquanto a dislipidemia convencional está associada a fatores controláveis, como a má alimentação e o sedentarismo, a dislipidemia familiar depende de mecanismos genéticos ainda não controláveis, podendo comprometer a saúde de pacientes ainda jovens, o que reforça a importância do seu diagnóstico precoce.

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