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O que nos diz este Novembro Azul?

Que a detecção precoce do câncer de próstata é fundamental, pois aumenta as chances de cura. E os resultados são cada vez melhores, graças aos avanços nos tratamentos.

Ao contrário do que propaga um dos mitos que cercam a doença, o câncer de próstata não é menos perigoso que os demais e precisa ser enfrentado com seriedade. Felizmente, campanhas como as desenvolvidas no Novembro Azul, parecem estar surtindo efeito. Informações confiáveis têm ajudado a desfazer preconceitos em relação aos exames de rastreamento e a afastar temores associados a tratamentos mais antigos, com sequelas indesejáveis.

“Os homens estão procurando mais os consultórios médicos e se cuidando mais. Isso é perceptível”, afirma a Dra. Gisele Marinho dos Santos, oncologista do Americas Centro de Oncologia Integrado (ACOI), especialista em tumores geniturinários. Segundo ela, a conscientização de que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura tem contribuído para isso. “Antes, muitos homens não faziam exames e não se tratavam com receio dos efeitos colaterais. Atualmente temos opções que, na maioria dos casos, não causam impotência ou incontinência urinária permanente”, diz a médica.

Dá para prevenir?

Segundo a Dra. Silvana do Vale, coordenadora da Uro-Oncologia do ACOI em São Paulo, não há nada cientificamente comprovado que previna esse tipo de câncer. Há, contudo, alguns fatores que podem aumentar a probabilidade de desenvolvê-lo, entre eles:

  • Histórico familiar com parente de primeiro grau (pai ou irmão) que teve a doença.
  • Obesidade, sedentarismo e hábitos não saudáveis de vida.
  • Idade – quanto mais idade, maior o risco de desenvolver câncer de próstata. A maioria dos casos surge após os 50 anos. 

“Como não há uma prevenção específica, o caminho é garantir a detecção precoce, que aumenta as chances de sucesso no tratamento. O ideal é realizar avaliações regulares com o urologista a partir dos 50 anos e a partir dos 45 anos para quem tem histórico familiar”, destaca a Dra. Silvana.

Os exames de toque retal e de sangue para dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico) são complementares e fundamentais para o diagnóstico. O PSA não dispensa o toque retal, pois alguns tumores podem não ser detectados pelos níveis de PSA. “Rápido e indolor, o exame de toque é eficaz e necessário nessa avaliação, pois é ele que permite detectar a presença de nódulos ou tecidos endurecidos”, explica a Dra. Silvana.

Um alerta importante: nas fases iniciais, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Ou seja, não espere por eles para ir ao urologista. Os sintomas só aparecem com o avanço da doença. Além disso, são comuns também a outros problemas, como aumento benigno da próstata ou prostatite (inflamação da próstata). Entre os sintomas, estão: maior necessidade de urinar (inclusive durante a noite), sangue e/ou ardência ao urinar e redução do jato de urina. 

Diagnóstico

Um dos métodos de diagnóstico por imagem é a ressonância magnética de próstata, que pode auxiliar na avaliação da extensão do tumor, na condução do diagnóstico e na definição da solicitação da biópsia, procedimento em que é retirada de uma amostra do tecido da lesão para ser encaminhada para análise anatomopatológica, que permitirá identificar se é maligno, o tipo de câncer e grau de agressividade. Em alguns casos, além da ressonância, também é feita uma cintilografia.

Entendendo a doença

O câncer de próstata ocorre quando há a formação e multiplicação desordenada de células anormais nessa glândula que é responsável pela produção do líquido seminal, que conduz os espermatozoides na ejaculação (mas a próstata não tem interferência na ereção).

Um problema comum, principalmente após os 50 anos, é o aumento benigno dessa glândula, a hiperplasia prostática benigna, que não tem relação com câncer.

Há diversos tipos de cânceres de próstata. O mais comum é o adenocarcinoma, que responde por mais de 90% dos casos. Mas há outros, como carcinomas de pequenas células, carcinomas transicionais, sarcomas e tumores neuroendócrinos, estes bastante raros, porém mais agressivos.

Com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens, devendo registrar 65 mil novos casos no Brasil em 2020, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cerca de 10% de mortes de homens por todos os tipos de câncer estão associadas ao tumor de próstata.

Tratamento: avanços em várias frentes

O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o tipo de tumor, o estágio da doença e o quadro clínico do paciente. A boa notícia é que esse é um campo da medicina que vem evoluindo continuamente. “Nos últimos 15 anos, o tratamento avançou incrivelmente, com novos medicamentos hormonais, avanços e novas técnicas de radioterapia e de cirurgia que combinam efetividade e minimizam riscos de impotência ou incontinência urinária”, afirma a Dra. Silvana. “Hoje é possível conseguir a recuperação completa do paciente, mantendo sua qualidade de vida, incluindo a vida sexual”, completa a Dra. Gisele.

As alternativas de tratamento envolvem:

  • Bloqueio hormonal

É realizado com uso de medicamentos antiandrogênicos para suspender a produção de hormônios masculinos que estimulam o crescimento do tumor. Hoje estão disponíveis novos agentes hormonais, oferecendo alternativas a pacientes sensíveis ou resistentes a outras medicações do gênero. O bloqueio hormonal pode ser adotado isoladamente ou associado a outras alternativas terapêuticas. 

  • Retirada da próstata

Pode ser realizada por cirurgia convencional ou pelos cada vez mais adotados métodos minimamente invasivos, como videolaparoscopia e robótica. De forma geral, o aprimoramento das técnicas tem contribuído para minimizar sequelas, reduzindo os riscos de impotência sexual e incontinência urinária.

  • Radioterapia

As modernas tecnologias para aplicação da radiação ionizante para destruir as células cancerígenas ou impedir que retornem são bastante efetivas, favorecendo a precisão e evitando atingir órgãos e áreas adjacentes ao tumor. Uma das modalidades disponíveis atualmente é a radioterapia hipofracionada, que reduz o número de sessões. Um tratamento hoje pode ser realizado em menos da metade do número de sessões. A radioterapia pode ou não ser combinada com outros tratamentos.

  • Quimioterapia

Associada a outros tratamentos, a quimioterapia envolve sessões para administração de fármacos que agem na destruição das células cancerígenas.

O que vem por aí

Novas formas de tratamento do câncer de próstata despontam no horizonte, entre elas uma terapia revolucionária focada em alterações genéticas específicas. Já aprovada nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration) e em estudo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovação no Brasil, essa terapia se destina a pacientes com câncer de próstata associado a uma mutação no gene BRCA, que representam uma minoria dos casos.

O tratamento envolve uma classe de medicamentos chamados inibidores da PARP (olaparibe e rucaparibe), já usados em outros tipos de cânceres. Os inibidores da PARP não promovem a cura do câncer de próstata, mas retardam o avanço da doença e prolongam o tempo de vida. “O tratamento direcionado às mutações genéticas está apenas no começo e representa uma verdadeira revolução, uma mudança de paradigma na abordagem terapêutica da doença”, afirma a Dra. Silvana.  

Existem ainda pesquisas em andamento que devem originar novas combinações de drogas, com estratégias diferentes para o melhor controle da doença. Outra frente de estudos envolve a imunoterapia, com medicamentos que visam estimular o próprio sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas.

Sobre o Americas Centro de Oncologia Integrado (ACOI)

O Americas Centro de Oncologia Integrado (ACOI) conta com uma estrutura de atendimento em Uro-Oncologia que oferece recursos humanos e tecnológicos diferenciados para o diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de próstata.

Oncologistas, urologistas, radioterapeutas e radiologistas atuam de maneira integrada e multidisciplinar, promovendo reuniões semanais para analisar os casos atendidos, buscando sempre a melhor conduta de tratamento para cada paciente.

As unidades do ACOI contam com modernos equipamentos para a radioterapia de precisão e com o suporte dos hospitais da rede Americas para a realização de procedimentos minimamente invasivos, como a cirurgia robótica. A rede Americas dispõe, ainda, de unidades de medicina diagnóstica para a realização de ressonância magnética e outros exames auxiliares no diagnóstico do câncer de próstata.

Lembre-se: a saúde masculina também precisa de cuidados, sem medo e sem tabu – não apenas durante o Novembro Azul, mas o ano todo. Agende sua consulta com um urologista ou oncologista do Americas. É simples e rápido. Acesse http://cloud.info-americasmed.com.br/autoagendamento

 

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