Distúrbios do Movimento

Você sabe o que são Distúrbios do Movimento?

Além da doença de Parkinson, estão entre eles tremores, tiques e outros movimentos involuntários. São problemas que podem impactar fortemente a qualidade de vida das pessoas. Saiba mais sobre esses distúrbios e como tratá-los.

Os distúrbios do movimento são um grupo de problemas neurológicos caracterizados por movimentos involuntários que podem ocorrer de maneira contínua ou episódica. Os movimentos involuntários podem acometer os braços, as pernas, a cabeça ou mesmo o tronco. Eles geram incapacidades em graus diversos e podem afetar drasticamente a qualidade de vida da pessoa. 

A doença de Parkinson é o tipo mais frequente de distúrbio do movimento, mas existem vários outros. “Em comum, eles estão associados a problemas que afetam os chamados núcleos de base do nosso cérebro. Situados profundamente no cérebro, esses núcleos regem os nossos movimentos, como se fossem verdadeiros maestros. Uma alteração no funcionamento desses núcleos pode levar a movimentos involuntários, como os tremores”, explica o neurologista Dr. Rubens Cury, coordenador médico do Núcleo de Parkinson e Distúrbios do Movimento do Américas Serviços Médicos, especialista que ouvimos para saber mais sobre esses problemas, suas causas e tratamentos disponíveis. Confira.

Quais são os principais distúrbios do movimento?

As disfunções na região do cérebro onde estão os núcleos de base podem gerar movimentos involuntários lentos ou mais rápidos. Essa diferença de ritmo permite distribuir os vários tipos de distúrbios do movimento em dois grandes grupos:

Movimentos lentificados  

  •  Doença de Parkinson

É um dos distúrbio do movimento mais prevalentes. A doença está associada à uma redução progressiva dos neurônios que produzem a dopamina, um neurotransmissor que atua nos movimentos do corpo. Rigidez muscular, lentidão e tremores são seus sintomas clássicos. A doença de Parkinson é mais comum entre pessoas idosas, e pode também levar a alterações da fala (voz baixa), redução da escrita (letra pequena) e dificuldade na marcha, com desequilíbrio.

Movimentos acelerados 

  • Tremor essencial e outros tremores

O tremor essencial afeta cerca de 1% da população e é caracterizado por movimentos oscilatórios ritmados que ocorrem quando a pessoa realiza determinados movimentos. Eles podem ocorrer em diversas partes do corpo, e são mais comuns nas mãos. Muitas vezes seus sintomas são confundidos com Parkinson, mas são doenças diferentes. Além do tremor essencial, existem outros tipos tremores, que se diferenciam pela forma de manifestação.

  • Distonia

É caraterizada por contrações musculares involuntárias e repetidas, provocando torções de longa duração que levam a posturas anormais e muitas vezes dolorosas. Nessas situações, partes do corpo, como tronco, membros e dedos, são contraídas, que pode dificultar os movimentos. Além de causas hereditárias, o problema pode estar relacionado com outras doenças ou uso de determinados medicamentos. 

  • Coreia (palavra de origem grega que significa dança)

É marcada por movimentos ondulantes e erráticos que migram abruptamente de um membro para outro, fazendo lembrar uma dança. Geralmente, envolve os músculos da face, do pescoço e dos membros superiores (em especial as mãos). A coreia pode estar presente em diversas doenças genéticas ou mesmo adquiridas, como uso de determinados medicamentos.

  • Tiques e Síndrome de Tourette

Esses distúrbios se manifestam por movimentos estereotipados, como piscar, balançar cabeça ou membros, franzir a testa ou outros músculos da face, além de movimentos que parecem propositais, como tocar ou bater em um objeto repetidamente. Existem também tiques vocais e, nos casos mais graves e incomuns, pode ocorrer o uso involuntário de palavras, frases e gestos.

Quais são os fatores de risco?

Os distúrbios do movimento podem ser causados por alterações genéticas ou mesmo adquiridos (chamados ambientais), como o uso de determinadas medicações, lesões associadas a trauma craniano, acidente vascular cerebral (AVC), tumores e hidrocefalia (acúmulo anormal de líquido dentro do crânio que leva ao inchaço e aumento da pressão cerebral).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é basicamente clínico, realizado por neurologistas especializados na abordagem desses distúrbios. Além de levantar o histórico do paciente, o médico realiza um exame neurológico, fazendo uma série de testes clínicos, não invasivos, visando observar fatores como coordenação, reflexos, equilíbrio e sensibilidade. Em caso de dúvida, podem ser solicitados exames complementares, como ressonância magnética do encéfalo, eletroneuromiografia (tecnologia que registra a condução dos impulsos elétricos nos nervos e permite a avaliação da atividade muscular) e cintilografia cerebral (que avalia neurotransmissores no cérebro). Atualmente também estão disponíveis testes genéticos, que ajudam a dar mais acurácia ao diagnóstico e promover o aconselhamento genético em casos específicos.

Como é feito o tratamento?

Existe um leque variado de tratamentos para os distúrbios do movimento. Alguns são potencialmente curáveis, outros, como os genéticos e neurodegererativos, podem ter seus sintomas controlados ou minimizados. A estratégia terapêutica é sempre personalizada, considerando o quadro e as características de cada paciente. 

O tratamento pode incluir desde recursos comuns a todos os distúrbios, como reabilitação e terapia ocupacional, até terapias específicas para algumas doenças.

  • Na doença de Parkinson é realizada a reposição de dopamina, que é o grande pilar do tratamento.
  • Nos tremores são usados medicamentos que variam de acordo com o tipo de tremor; em muitos casos, apenas observação clínica é suficiente.
  • As distonias são tratadas com medicamentos específicos e aplicações de toxina botulínica.
  • Para as coreias são prescritas medicações que variam em função de cada tipo de causa, seja ela genética ou adquirida.
  • Tiques e síndrome de Tourette são tratados com terapia cognitivo-comportamental, abordagem psicoterapêutica que visa modificar os padrões com os quais a pessoa inter-relaciona pensamento, emoção e comportamento.  Além disso, muitas vezes também são prescritos medicamentos.

O que há de novidades em termos de tratamento?

Um dos recursos mais modernos é a Estimulação Cerebral Profunda (Deep Brain Stimulation – DBS), terapia adicional para pacientes com doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento (como distonias e tremor essencial) que não respondem adequadamente ao tratamento convencional baseado em medicação e reabilitação. A DBS envolve um procedimento cirúrgico para implantar eletrodos na região do cérebro afetada visando melhorar sintomas. Funciona como um marca-passo cerebral, emitindo sinais elétricos que ajudam a regular a movimentação muscular.

Estudos científicos indicam que cerca de 20% dos pacientes com doença de Parkinson precisarão desse tipo de tratamento em algum momento da doença, geralmente depois de cinco anos da doença instalada.

Quando devemos procurar um especialista?

Há vários sinais que começam a impactar o dia a dia da pessoa e que recomendam procurar um neurologista especializado em distúrbios do movimento, entre eles:

  •  Tremores constantes ou repetidos
  • Contrações musculares involuntárias
  • Alterações da fala, que pode ficar tremulante ou mais baixa
  • Alterações da velocidade da marcha ou de outros movimentos, dificultando a execução de tarefas cotidianas, como trocar de roupa ou escovar os dentes
  • Diminuição do tamanho da letra ao escrever (micrografia, um sinal clássico da doença da Parkinson)

No Americas, um núcleo especializado

O Núcleo de Parkinson e Distúrbios do Movimento do Américas Serviços Médico é um moderno e completo centro especializado no cuidado de pacientes com essas disfunções neurológicas. Disponível nos Hospitais Samaritano Higienópolis e Samaritano Paulista, ambos na capital paulista, o serviço conta com neurologistas especializados, preparados para realizar diagnósticos precisos e definir estratégias de tratamento personalizadas, sempre com o objetivo de proporcionar aos pacientes a melhor qualidade de vida possível.

Os especialistas do Núcleo estão habilitados para o cuidado de todos os perfis de pacientes – casos simples ou complexos, em fase inicial da doença ou em estágio avançado. A gama de recursos terapêuticos inclui medicamentos, aplicação de toxina botulínica e cirurgia com técnicas avançadas, como a Estimulação Cerebral Profunda.

Diferenciais do Núcleo de Parkinson e Distúrbios do Movimento em resumo:

  • Neurologistas especializados no diagnóstico e tratamento dos vários tipos de distúrbios do movimento.
  • Avaliação e planejamento de diferentes tratamentos clínicos.
  • Equipe com ampla experiência na indicação e acompanhamento de casos cirúrgicos.
  • Atuação em dois hospitais: Samaritano Higienópolis e Samaritano Paulista.
  • O Samaritano Paulista conta com um amplo centro de reabilitação integrado, com piscinas, aparelhos de ginástica, robôs para reabilitação de marcha e membros superiores, entre outros recursos, e acompanhamento por equipe multiprofissional especializada.

Agende sua consulta com um especialista do Núcleo:

·         Hospital Samaritano Higienópolis – Telefone (11) 3821-5300

·         Hospital Samaritano Paulista – Telefone (11) 2827-500

INS_noticia-intena_profile-writer.jpg
Americas Serviços Médicos

O mais moderno Grupo Médico-hospitalar do país